Futuríveis

Com o objectivo de estimular a criatividade, a iniciativa e o sentido de responsabilidade dos seus funcionários, cinco empresas do Norte associaram-se à Fundação de Serralves para exibir, a partir de amanhã, cinco quadros de Paula Rego.Sonae (com História I, de 1986) e RAR (História II, do mesmo ano) são as primeiras a acolher nas suas instalações obras da pintora no âmbito do projecto «Arte e Empresa», que em Novembro reuniu vários especialistas numa conferência internacional realizada no Porto. Seguem-se, nesta nova fase denominada «A Arte Connosco», a Cabelte (Sem Título, 1995), Portgás (Hyacinth Reclining Hippo, 1995) e o gabinete de advogados Castro, Pinho, Peres e Xavier (História III, 1986).Haverá um fórum de discussão online aberto a todos os trabalhadores daquelas empresas (www.artempresa-serralves.com) e uma visita guiada à exposição de Paula Rego, patente no Museu de Serralves até 23 de Janeiro.A iniciativa, que conta com a participação da própria artista e de João Fernandes, director do museu, inclui também uma experiência directa: «Ver como se monta uma peça de dança contemporânea [Mão na Boca, de Joana Providência], que também tem ingredientes de um projecto empresarial - muito pouco dinheiro, uma data de lançamento, recursos humanos e um juízo imediato», adiantou ao DN António Gomes de Pinho, presidente do Conselho de Administração da Fundação de Serralves.Já testada pelo Learning Lab da Dinamarca, centro de pesquisa dedicado à aprendizagem, esta abordagem visa, segundo Gomes de Pinho, «uma reflexão sobre o modo como a criação artística pode influir nos novos modelos de criação empresarial».

DN